

Operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) nesta terça-feira (16) mira suspeitas de irregularidades em contratos firmados pela Prefeitura de Três Lagoas, a 350 km de Campo Grande.
A “Operação Backstage”, cumpriu dez mandados de busca e apreensão oito em Três Lagoas e dois em Dourados como parte de uma investigação que apura possíveis crimes de associação criminosa, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros delitos relacionados.
A operação é coordenada pelo Ministério Público do Estado, com apoio da 7ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas, e teve autorização judicial para realizar os mandados. O foco da apuração são contratos municipais voltados à contratação de estruturas e equipamentos para realização de eventos e shows, principalmente a partir de 2022.
Conforme a investigação, uma empresa da cidade estaria vencendo, de forma recorrente, processos licitatórios com indícios de direcionamento e vícios administrativos. O Tribunal de Contas do Estado já havia identificado irregularidades em ao menos um desses contratos, o que reforçou os elementos apurados pelo MPMS.
A escolha do nome “Operação Backstage” remete ao ambiente dos bastidores dos eventos, onde, segundo os investigadores, ocorriam negociações e práticas não visíveis ao público, mas que comprometem a transparência e legalidade dos contratos públicos.
As buscas desta terça-feira irão aprofundar a coleta de provas, como documentos, registros digitais e informações bancárias, que possam esclarecer o esquema e identificar outros envolvidos, tanto no setor público quanto no privado. O conteúdo apreendido será analisado para definir os próximos passos da apuração.
Até o momento, o Ministério Público não confirmou prisões. O caso segue em sigilo e novas fases da operação não estão descartadas.
Editado por Roberta Cáceres