

A violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul cresce a cada ano. Desde janeiro, seis feminicídios foram registrados no estado. O caso mais recente foi o da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, assassinada pelo noivo. Com isso, o número de mulheres que procuram ajuda no ACIESP – Instituto de Apoio, Capacitação, Instrução e Economia Solidária do Povo – aumentou 60%.
O instituto acolheu 370 vítimas em 2023. Só nos primeiros dias de 2024, já foram 250 atendimentos. A presidente da entidade, Ceureci Ramos, diz que a alta na procura se deve, em parte, à falta de estrutura da Casa da Mulher Brasileira, que deveria oferecer esse suporte.
“Estamos construindo uma casa que poderá abrigar até 20 famílias, mas contamos com poucos recursos e dependemos de doações para continuar”, afirma Ceureci.
Pedido de apoio à Assembleia Legislativa – Para continuar funcionando, o ACIESP busca apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A ideia é que os deputados destinem recursos por meio de uma emenda coletiva. O presidente da Casa, Gerson Claro (PP), já apoia a campanha “Todos por Elas”, que reúne Legislativo, Judiciário e Executivo no combate à violência contra a mulher.
“Pedimos essa emenda coletiva para que todos possam ajudar, mesmo que seja com pouco. Quem não puder contribuir financeiramente, convidamos para conhecer o instituto e ver nosso trabalho de perto”, diz Ceureci.
Alguns parlamentares já se manifestaram a favor da proposta, como Lia Nogueira (PSDB), Londres Machado (PR) e os petistas Pedro Kemp e Gleice Jane. Deputados como Coronel Davi (PL), Junior Mochi (MDB) e Paulo Correa (PSDB) já ajudaram o instituto em anos anteriores.
Sem esses recursos, o ACIESP pode não conseguir atender todas as mulheres que precisam de ajuda. Para Ceureci, garantir esse apoio significa salvar vidas.
Editado por Roberta Cáceres