2 de dezembro de 2024
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Ceasa de MS destina quase mil toneladas de resíduos para reaproveitamento ao ano

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Polo na oferta de alimentos em Mato Grosso do Sul, a Ceasa/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), também se destaca pela gestão de seus resíduos. No ano de 2023, a central destinou 921.714 quilos de resíduos orgânicos e embalagens diversas para reaproveitamento.

Desse total, 628 mil quilos (68%) correspondem a matéria orgânica – frutas, legumes, verduras estragadas ou vencidas, entre outros – que foram transformados em adubo utilizado na melhoria da qualidade do solo. Outros 165 mil quilos (17,9%) correspondiam a embalagens de papelão e outros materiais encaminhadas para reciclagem.

Entre janeiro e setembro deste ano, a Ceasa/MS já destinou 730 mil quilos de resíduos para reaproveitamento. Deste quantitativo, 422 mil quilos (57,8%) são de matéria orgânica e 127 mil quilos (17,4%) de papelão. As informações são de Comunicação Ceasa/MS.

Processo sustentável

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Os resíduos resultantes das bancas dos permissionários da Ceasa/MS são coletados e selecionados dentro da própria unidade e em seguida encaminhados para reaproveitamento. A instituição adota um rigoroso processo de descarte e seleção de resíduos, prática seguida à risca por uma equipe dedicada e comprometida.

A triagem dos resíduos é feita na Usina de Coleta, Seleção e Destinação de Resíduos “Elísio Guerreiro de Carvalho”, a primeira central de gestão de resíduos inaugurada dentro de uma Central de Abastecimento no Brasil, em 2019.

Após ser coletado nos boxes dos permissionários pelos funcionários da limpeza da Ceasa/MS, o lixo que chega à usina é pesado e, em seguida, dividido por tipo de material. São separadas as variedades de plásticos (garrafas PET, fitilhos, plástico liso, plástico duro, embalagens descartáveis), madeira (pallets, caixotes), papelão e matéria orgânica (frutas, verduras e legumes estragados).

Com exceção da matéria orgânica e da madeira, os outros resíduos são prensados antes de serem coletados em caminhões e levados para a reciclagem.

Todos ganham

Atualmente, sete profissionais se dedicam exclusivamente à separação, armazenagem e prensagem dos resíduos na usina da Ceasa/MS. Um trabalho intenso que pode ser facilitado com a contribuição dos permissionários. A Ceasa/MS incentiva todos os empresários que ofertam seus produtos na instituição a realizarem a triagem dos próprios resíduos.

Quando o permissionário leva os resíduos separados até a usina, o valor equivalente ao peso do material reciclado é abatido do preço do aluguel que ele paga para usar o box em que está instalado.

O reaproveitamento dos resíduos também traz benefícios para os funcionários da instituição. Isso porque o dinheiro arrecadado com a venda dos materiais reciclados se transforma em um bônus, que é dividido entre os colaboradores da Ceasa/MS ao fim de cada ano.

O auxiliar de serviços gerais Adailson de Oliveira Benedito é um dos responsáveis por coordenar a seleção dos resíduos na usina. Ele fala sobre a dedicação de cada um dos funcionários em aprimorar o funcionamento da CGR.

“Primeiramente, eu penso na minha família, porque o meu sustento vem daqui. Então, eu zelo sempre pelo meu trabalho, faço o que for preciso para deixar da melhor maneira. Estamos sempre tentando fazer a seleção correta para assim contribuir com a Ceasa”, comenta.

Duas empresas são responsáveis pela reciclagem adequada dos resíduos produzidos na Ceasa/MS: a Colecta Resíduos Industriais e a Organoeste Campo Grande.

O resíduo orgânico coletado pela Colecta é disponibilizado à Organoeste para ser tratado pelo método de compostagem com a utilização de biotecnologia. O resultado final do processo é um adubo orgânico puro que é utilizado para melhorar a qualidade do solo.

Ao promover a coleta, seleção e destinação final ambientalmente correta dos resíduos orgânicos, a Ceasa/MS gera renda para os colaboradores e ainda contribui para a preservação do meio ambiente, uma vez que diminui a poluição do solo, dos cursos d’água e das matas.

Editado por Roberta Cáceres

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