

O problema se tornou um elefante na sala de cerimônias dos anos recentes. No Grammy de 2024, o desconforto ficou ainda mais intenso ao ser citado por Jay-Z, marido de Beyoncé, em um discurso no palco da premiação:
“Ela tem mais Grammys do que todo mundo, e nunca ganhou o de álbum do ano. Pelas próprias métricas [da premiação], isso não faz sentido.”
“Cowboy Carter”, álbum da cantora que concorre este ano, não é o melhor de sua carreira. Ainda assim, parte da crítica especializada acredita que, para reparar o erro histórico, a Academia de Gravação dos Estados Unidos escolherá ele em 2025.
Mas a decisão não é fácil. No páreo, também tem “Brat”, da britânica Charli XCX, disco com o maior impacto cultural e criativo de 2024, e “The Tortured Poets Department”, de Taylor Swift, queridinha do Grammy — ela já levou quatro vezes a categoria de álbum do ano e, se ganhar de novo, será a primeira artista com cinco prêmios.
“Hit Me Hard and Soft”, de Billie Eilish, também compete, com grande chance de ganhar. O disco foi muito bem promovido pela cantora e teve ótimo desempenho comercial no ano passado.
Chance do Brasil
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Anitta em imagem de divulgação do álbum ‘Funk Generation’ — Foto: Richie Talboy / Divulgação
Com “Funk Generation”, lançado em abril, Anitta concorre na categoria de melhor álbum de pop latino. A brasileira tem chance, mas o fato do disco não ter sido indicado ao Grammy Latino de 2024 não é muito bom sinal.
Nesse quesito, o porto-riquenho Luis Fonsi tem mais pontos porque o seu “El Viaje” ganhou o Grammy Latino de melhor álbum pop vocal.
Porém, a Academia do Grammy costuma privilegiar artistas latinos que têm maior alcance nos Estados Unidos. Por causa disso, o disco “Orquídeas”, da colombiana Kali Uchis, larga na frente, com mais chances de vencer.
Canção, gravação e revelação
O conjunto de principais categorias do Grammy é chamado de Big Four: além de álbum do ano, ele inclui os prêmios de canção do ano, gravação do ano e artista revelação.
A categoria de canção tem a ver com a melodia e a lírica. Ela reconhece a qualidade da composição de uma música. Por isso, o prêmio vai para quem escreveu. Billie Eilish e o irmão, Finneas O’Connell, são bem cotados para levar o prêmio em 2025, por “Birds of a Feather”, um dos hits do ano passado.
Já a gravação envolve todo o processo de produção de uma música em estúdio. Então, mais profissionais são premiados: o produtor, o engenheiro de som, o mixador e o artista que fez a performance. Nessa, a aposta é “Not Like Us”, música que consagrou Kendrick Lamar como vencedor em uma treta com Drake.
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Chappell Roan em foto de divulgação do single “Good Lucky, baby” — Foto: Ryan Lee Clemens/ Divulgação
O prêmio de artista revelação deve ficar entre as cantoras Sabrina Carpenter e Chappell Roan.
A primeira está no 6º álbum da carreira, mas concorre nessa categoria porque finalmente conseguiu emplacar em 2024 e se destacou nas paradas. Já Chappell é, de fato, uma revelação. Ela tem mais chance de levar o Grammy por apresentar um trabalho um pouco mais original e criativo.
Correndo por fora na categoria, há a rapper Doechii, com um som que — diga-se de passagem — é bem mais legal.
Fonte: G1