5 de outubro de 2024
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Sala de acomodação sensorial garante espaço reservado para autistas no Bioparque Pantanal

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om o objetivo de promover cada vez mais a inclusão, o Programa Bioparque para Todos – Iguais na Diferença, desenvolvido no maior aquário de água doce do mundo, avança mais uma etapa e inaugura uma sala de acomodação sensorial para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e neurodivergentes. O novo espaço vai de encontro com um dos eixos do plano de governo do Estado e faz com que cada visitante não seja apenas recebido, mas acolhido no local.

O ambiente foi projetado para proporcionar estímulos sensoriais controlados, com a finalidade de relaxar, regular as emoções, desenvolver habilidades sensoriais e melhorar a atenção e o foco. Assim, havendo algum desregulação durante a visita o autista poderá contar com este ambiente para se regular e dar continuidade no passeio.

15,37 metros quadrados do local foram adaptados para oferecer um ambiente aconchegante, com estímulos sensoriais controlados, como iluminação suave e baixo ruído. O local também conta com brinquedos montessorianos, projetados para promover a aprendizagem independente, a criatividade e o desenvolvimento cognitivo das crianças.

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A primeira dama do Estado, Mônica Riedel marcou presença na inauguração e parabenizou o Bioparque pelo cuidado e atenção com os autistas. “Mais uma vez o Bioparque sai na frente na questão da inclusão, agora esse público conta com um espaço todo pensado para atender suas necessidades. Que sirva de exemplo para outros locais, pois é uma forma de incluir e respeitar os autistas que estão na nossa sociedade”.

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Primeira-dama, Mônica Riedel prestigiou a inauguração. Foto: Lara Miranda.

Diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri destaca a importância da inclusão e o fato do Bioparque Pantanal ser o primeiro empreendimento turístico do Mato Grosso do Sul a contar com uma sala de acomodação sensorial. “A acolhida de pessoas neurodivergentes é fundamental para promover uma sociedade inclusiva, justa e igualitária. Acolher significa oferecer apoio, respeito e oportunidades para que todas as pessoas, independentemente de suas capacidades, possam participar plenamente da vida social”.

Em relação ao novo espaço, Balestieri revela que ele foi projetado visando a melhoria do serviço público prestado, diante do crescente número de visitantes neurodivergentes. “Com o espaço se pretende ampliar o nosso programa, proporcionando mais um instrumento de suporte emocional e afetivo e favorecendo ainda mais o processo de inclusão no Bioparque Pantanal”.

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O Bioparque já conta com tecnologias assistivas para neurodivergentes. Foto: Eduardo Coutinho.

Por meio do seu programa de inclusão, o Bioparque oferece acolhimento, experiência e conhecimento para todos os visitantes, independentemente de suas características físicas ou intelectuais.

O empreendimento que segue na vanguarda em acessibilidade, já disponibilizava aos visitantes neurodivergentes, abafadores de ruídos, cordão de identificação universal, mapa sensorial contendo os estímulos sensoriais mais comuns encontrados durante o passeio, e, ainda, utilização de tecnologia assistiva com narrativa visual para autistas não verbais.

Para a representante da Associação de Pais e Responsáveis Organizados pelos Direitos das Pessoas com Deficiência e Transtorno do Espectro Autista (PRODTEA), Naína Dibo o Bioparque Pantanal é o local que mais se importa com a acessibilidade e inclusão no Estado. “Em nome de todas lideranças, não só do autismo, mas de outras deficiências, temos o Bioparque como nosso local do coração”.

João Victor Dibo, 15 anos, autista de nível 3 é filho de Naína e ajudou na preparação da sala de acomodação sensorial. O adolescente aprovou cada detalhe do espaço, principalmente a textura da grama sintética, o mobiliário para relaxamento, a projeção de estrelas no teto e a luz indireta. “Eu gostei bastante, muito bom”, disse o garoto.

A mãe orgulhosa celebra que essa foi a primeira vez que um autista nível 3 ajudou na elaboração de uma sala de acomodação sensorial.

Pai de autista, Alexandre Figueiredo, que também faz parte do Projeto PRF Amigo do Autista, prestigiou o novo espaço acompanhado da família. “Acreditamos que iniciativas como essa fazem a diferença na nossa população, quanto mais pessoas entenderem como apoiar uma pessoa com autismo, teremos realmente uma efetividade daquilo que a gente entende como uma sociedade inclusiva”.

Segundo a vice-presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA), Flávia Caloni, o Bioparque está de parabéns por ter um espaço dedicado ao atendimento de autistas. “O local já tinha esse olhar diferenciado para as pessoas com deficiência e, agora, com esse espaço mais voltado pra integração sensorial, vem em encontro com tudo o que nós, defensores da causa lutamos”.

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O evento contou ainda com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Cidadania (SEC),  Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA), Santa Casa, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública Geral do Estado de Mato Grosso do Sul, Comissão de Autismo da OAB-MS, Associação Pestalazzi de Campo Grande e Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência e Mãe TEA.

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Editado por Roberta Cáceres

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