O programa Mais Médicos apresentou um crescimento significativo em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 104% no número de profissionais ativos entre dezembro de 2022 e novembro de 2024. O número de médicos saltou de 172 para 351, atendendo aproximadamente 807 mil habitantes em 63 municípios do estado. Esse reforço está alinhado ao compromisso do Governo Federal em ampliar a atenção primária à saúde, especialmente nas regiões com maior vulnerabilidade social.
Expansão e presença em regiões vulneráveis – Dos profissionais em atuação, 20 estão localizados em municípios de alta vulnerabilidade e seis em áreas de muito alta vulnerabilidade. Além disso, 39 médicos atuam em distritos sanitários especiais indígenas, assegurando a assistência de saúde a populações historicamente negligenciadas.
Na distribuição por gênero, 218 médicas atuam no programa contra 133 médicos homens. A faixa etária predominante é de 30 a 34 anos, seguida de profissionais entre 25 e 29 anos. O recorte racial revela que 229 médicos se identificam como brancos, 92 como pretos ou pardos e 29 como amarelos.
O secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Jerzey Timóteo, destacou a importância do programa: “O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família.”
Cenário nacional – Em âmbito nacional, o Mais Médicos teve um crescimento expressivo de mais de 100%, saltando de 12,8 mil profissionais no final de 2022 para 26,7 mil em novembro de 2024. Esse contingente atende mais de 68 milhões de brasileiros em 4.412 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Só em 2024, 6.729 novos médicos iniciaram suas atividades, reforçando o atendimento em regiões vulneráveis e periferias urbanas.
A retomada do programa, em 2023, incluiu editais com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
Capacitação e incentivos – Um dos destaques do Mais Médicos foi a oferta de formação na área de Medicina de Família e Comunidade (MFC), com bolsas no valor de R$ 4.000 concedidas a 2.700 residentes. A formação tem como objetivo preparar novos profissionais para atuar na atenção básica e ampliar a capacidade de criação de programas de residência médica na especialidade.
Além disso, o Ministério da Saúde anunciou a efetivação de 3,6 mil médicos bolsistas por meio da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), garantindo mais estabilidade aos profissionais e fortalecendo os vínculos com a comunidade local.
Alinhamento com as referências regionais – Durante o Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, realizado em dezembro, foram discutidos os desafios e os avanços obtidos desde a retomada. Segundo Wellington Mendes Carvalho, diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, as parcerias com estados e municípios são fundamentais para o sucesso do programa. “Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível identificar os desafios de cada território e alinhar ações, diretrizes e planos futuros”, afirmou.
Com um olhar voltado ao fortalecimento da atenção primária e à redução das desigualdades de acesso à saúde, o Mais Médicos avança, consolidando seu papel como uma estratégia essencial para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Editado por Roberta Cáceres, com informações do Governo Federal