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Quando as retroescavadeiras e operários com marretas promoviam o “bota-abaixo” das arquibancadas do “Farinhacão”, quem comandava as ações de capacete e prancheta na mão era Ennio Fornea Júnior.
Na formação da Comissão Gestora que assumiu o Athletico em abril de 1995 e revolucionou o clube, até 2002, o comitê central de decisões tinha Mario Celso Petraglia olhando a ‘big picture” da administração, Ademir Adur mais próximo do dia a dia do futebol e Ennio, com dois “n” como o genial compositor italiano, responsável por toda a engenharia civil executada na região da Baixada do Água Verde.
Entre os atleticanos de alto coturno de sua geração, é grande o tocador de obras, característica muito importante em um clube que teve a capacidade sem precedentes de construir, derrubar e reconstruir seu estádio pelo menos cinco vezes.
Assim, quando faltavam poucos meses para a conclusão da Arena em 1999 e as obras estavam atrasadas, Ennio virou muitas noites para garantir seu término. Quando foi necessário fazer um novo projeto e encontrar os caminhos para a reconstrução no “padrão Fifa”, quem se sentou à mesa para planejar e negociar foi ele. Naqueles dias agitados de 2011, chegou a ser candidato à presidência do clube.
Filho de um italiano que chegou ao Brasil em 1949 – o ano do Furacão – para vencer no setor da construção civil, Ennio herdou do pai, além do nome, o bom humor, o ofício e a paixão pelo Athletico.
Depois de 15 anos afastado, Ennio Fornea Júnior retornou ao CAP na frente ampla formada nas eleições do final de 2023. A torcida rubro-negra agradece, pois ainda há bastante coisa para ser construída nos próximos cem anos.
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