Era novembro de 2023 quando um grupo de três homens armados invadiu uma joalheria em pleno horário de funcionamento, no Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande. Em minutos, R$ 600 mil em joias e relógios foram levados, enquanto clientes e funcionários permaneciam rendidos. Sem disparar um único alarme, os ladrões saíram pela porta principal, embarcaram em motos e desapareceram.
A Polícia Civil, no entanto, não deixou o caso esfriar. Na manhã seguinte, agentes da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) começaram uma investigação minuciosa, coletando imagens, requisitando perícias e cruzando informações. Foram nove meses de trabalho detalhista, que culminaram na identificação e prisão de quatro envolvidos em uma operação interestadual.
Arma apreendida pela polícia durante a operação que prendeu os suspeitos do roubo à joalheria em Campo Grande, ocorrido em novembro de 2023.
Entre eles, J.F.R., de 46 anos, considerado o cérebro por trás do crime. Um veterano em assaltos a joalherias, ele já havia sido preso em março de 2024 em Cuiabá, por outro roubo frustrado. Documentos falsos quase impediram que fosse identificado como o líder do caso em Campo Grande.
Os outros dois, R.P.O.S. e C.H.M.M., ambos de 23 anos e vindos do Espírito Santo, trouxeram as armas usadas no crime e têm ligação com o crime organizado do estado. Um deles foi preso com três armas, uma delas semelhante à usada no assalto. O quarto membro, F.W.L.S., de 25 anos, foi capturado em Campo Grande, onde admitiu ter dado suporte logístico ao grupo.
O que parecia um crime sem rastros foi desmontado peça por peça pela investigação. A cooperação entre a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Mato Grosso permitiu fechar o cerco, mostrando que, mesmo diante de criminosos experientes, a paciência e o trabalho meticuloso podem vencer.
Editado por Roberta Cáceres