Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (12), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul apresentou mais detalhes sobre a operação “Boa Noite, Cinderela”, revelando sobre a ação do grupo criminoso que já causou prejuízos significativos às vítimas. As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF), identificaram Eliane Ajala, de 50 anos, e Edilene Cristina Ajala, de 26 anos, como as principais suspeitas, ainda foragidas.
O delegado Jackson Vale explicou a abordagem do grupo “Uma das vítimas relatou ter sido abordada por duas mulheres após um evento na Expogrande. Ele se recorda de estar bebendo com elas e, depois disso, perdeu a consciência. Quando acordou em sua cama, percebeu que a casa havia sido roubada, incluindo objetos de grande valor como ar-condicionado e televisões.”
As investigações mostraram que as mulheres utilizavam bebidas adulteradas para dopar as vítimas. Com os homens inconscientes, elas obtinham senhas de contas bancárias e realizavam transferências por aplicativos, além de fazerem compras com os cartões roubados. “Eliane transferiu mais de R$ 20 mil da conta de uma vítima para seus comparsas, configurando lavagem de dinheiro”, afirmou o delegado.
Durante a operação, dois homens, ambos de 28 anos, foram presos. Eles eram responsáveis pela lavagem de dinheiro. Um deles foi inicialmente detido em abril, por receptação, após comprar uma moto furtada e pagar o conserto com o cartão de uma vítima. “Ele foi liberado posteriormente, mas foi novamente preso na operação atual”, detalhou Vale.
Os homens ajudavam na retirada dos objetos das casas das vítimas. “Temos a localização do veículo de uma das vítimas utilizado pelas mulheres, o qual foi encontrado no mesmo bairro onde os rapazes moravam”, disse o delegado. As informações são de A Crítica.
As mulheres, mãe e filha, foram identificadas através de reconhecimento formal pelas vítimas e imagens de câmeras de segurança. “As imagens mostram as suspeitas realizando compras com os recursos obtidos do golpe”, comentou Vale. Ele também destacou que a filha, Edilene, estava cursando técnico de enfermagem, o que poderia explicar o acesso a substâncias usadas para dopar as vítimas.
Até o momento, foram confirmadas três vítimas, mas a polícia acredita que possam existir mais casos não registrados. “Acreditamos que há vítimas que não quiseram registrar a ocorrência devido às circunstâncias, como homens casados abordados em baladas e eventos”, disse Vale. A polícia divulgou as fotos das suspeitas para alertar a comunidade e evitar novos golpes.
Os quatro integrantes do grupo foram indiciados por associação criminosa, roubo majorado pelo concurso de pessoas e lavagem de dinheiro. A operação da DERF continua em andamento, com o objetivo de capturar as suspeitas foragidas e identificar possíveis novas vítimas.
A Polícia Civil pede que qualquer informação sobre o paradeiro das suspeitas seja encaminhada para a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) pelo telefone (67) 1234-5678.
Editado por Roberta Cáceres.