Na tarde de ontem, um incêndio de grandes proporções consumiu cerca de 200 hectares de pastagens e vários capões de mata em uma fazenda nas proximidades da BR-262, na saída para São Paulo, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. O fogo se espalhou rapidamente devido ao mato extremamente seco e às condições climáticas quentes e áridas, comuns nesta época do ano na região. A área atingida, além das pastagens, inclui vegetação densa, cuja extensão exata não pôde ser determinada, nem se a queimada afetou áreas de preservação permanente (APP).
A proprietária da fazenda compareceu à Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro) para registrar a ocorrência e fornecer os detalhes do incidente. Ela informou que foi avisada pelo capataz da fazenda vizinha, sobre o foco de incêndio que teria começado às margens da BR-262. O capataz enviou um áudio pelo WhatsApp, alertando que o fogo já estava se espalhando pela região.
O fogo, que teve início às margens da rodovia, logo invadiu as terras da fazenda vizinha, destruindo rapidamente as pastagens. A vítima informou que tentou solicitar ajuda do Corpo de Bombeiros, ligando três vezes, mas nenhuma equipe compareceu ao local. Diante da ausência de apoio, o incêndio acabou sendo controlado pelos próprios produtores rurais da região, com a ajuda dos funcionários da fazenda e de trabalhadores que estavam realizando manutenção nas margens da rodovia.
Apesar da devastação ambiental, nenhuma construção foi atingida pelas chamas. As casas, galpões e mangueiros da propriedade foram preservados, de acordo com o relato da proprietária. No entanto, os danos à vegetação são significativos, e o fogo ameaçou por horas as áreas produtivas da fazenda.
A origem do incêndio permanece desconhecida, e a vítima destacou que não foi possível identificar o ponto exato de ignição ou o que causou o fogo. Os produtores locais que ajudaram a conter as chamas focaram suas ações nas margens da BR-262, mas o incêndio já havia avançado rapidamente para dentro das terras.
Incêndios frequentes e seca intensa – Incidentes como esse não são raros na região, especialmente durante o período de seca, quando o risco de incêndios aumenta drasticamente. As condições climáticas secas e a vegetação ressequida formam o cenário ideal para a propagação de incêndios, que muitas vezes se alastram por áreas rurais antes que as autoridades possam intervir.
Além dos danos econômicos, como a perda de pastagens, incêndios desse tipo também colocam em risco a fauna local e podem destruir áreas de preservação, essenciais para o equilíbrio ambiental. O caso registrado será investigado pela polícia, que poderá abrir um inquérito para tentar identificar a causa do incêndio e responsabilizar eventuais culpados.
Editado por Roberta Cáceres