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O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (23), novas sanções contra três funcionários russos relacionados com a morte na prisão do líder opositor Alexei Navalny, pela qual Washington responsabilizou diretamente o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
“Este solene aniversário (da invasão da Ucrânia) e a morte de Alexei Navalny são lembretes sóbrios e trágicos do flagrante desrespeito de Putin pela vida humana, desde a dos ucranianos que sofrem o custo desta guerra não provocada até a dos russos que ousam expor os abusos corruptos que alimentam esse regime”, afirmou em um comunicado a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.
O Departamento do Tesouro anunciou simultaneamente medidas para bloquear o acesso da Rússia a instrumentos financeiros e comerciais em uma bateria de sanções que visa mais de 500 empresas, entidades públicas e indivíduos.
Segundo o jornal The New York Times, duas das maiores empresas russas estão na lista: a Suek e a Mechel. A pimeira atende o exército russo por meio de suas operações de transporte e logística, enquanto a Mechel é uma grande produtora de aços especiais.
Outra empresa atingida pela nova rodada de sanções é uma do setor financeiro, a National Payment Card System, que opera o sistema de pagamento nacional russo, método de pagamento que passou a ser mais utilizado por Moscou desde o início da guerra da Ucrânia.
A União Europeia (UE) aprovou formalmente, nesta sexta-feira (23), o maior conjunto de medidas restritivas contra a Rússia adotadas em uma única rodada desde o início da guerra na Ucrânia.
No total, 194 nomes vão passar a integrar a lista de sancionados, segundo o Conselho da UE em comunicado, de forma que esta terá agora mais de dois mil membros, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, sancionados desde o início da invasão.
A UE incluiu principalmente pessoas relacionadas com a rede militar russa – algumas envolvidas no fornecimento de armas da Coreia do Norte a Moscou -, juízes, autoridades de áreas ocupadas – especialmente as vinculadas à deportação de crianças – e empresas que participaram no fornecimento de armas.
As medidas restritivas consistem no congelamento de quaisquer bens que possam ter na UE e na proibição do seu acesso ao território comunitário.
Resposta da Rússia
Em resposta às novas sanções, a Rússia também ampliou sua lista de cidadãos europeus que não podem entrar no país.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo acusou Bruxelas de tomar medidas “hostis” e de fazer tentativas “vãs” de exercer pressão sobre Moscou.
A lista inclui funcionários europeus envolvidos na perseguição de líderes russos e na criação de um tribunal criminal contra a Rússia, e aqueles que apoiam a adoção de sanções contra o Kremlin, o confisco de bens russos em benefício da Ucrânia e a divulgação de informações falsas sobre o país.
Também foram incluídos membros das estruturas comerciais e de segurança dos países da UE e cidadãos europeus que contribuem para a concessão de ajuda militar à Ucrânia na sua guerra com o Exército russo.
Segundo a nota oficial, a lista inclui funcionários do Conselho Europeu e membros da sua Assembleia Parlamentar e da assembleia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). “Qualquer ação hostil por parte dos países ocidentais receberá agora uma resposta oportuna e apropriada”, acrescenta a nota. (Com Agência EFE)
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