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O ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, da Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N, na sigla em inglês), declarou nesta sexta-feira (9) vitória nas eleições gerais no país asiático, ainda que a contagem dos votos não tenha sido encerrada e não haja um vencedor definido.
Segundo a agência Reuters, candidatos independentes, a maioria deles apoiados pelo ex-primeiro-ministro Imran Khan, que está preso, conquistaram 92 dos 225 assentos na Assembleia Nacional já contabilizados. No total, eram 265 cadeiras em disputa.
O PML-N, de Sharif, obteve 64, enquanto o Partido Popular do
Paquistão alcançou por enquanto 50 cadeiras.
“A Liga Muçulmana do Paquistão é o maior partido do país
hoje, depois das eleições, e é nosso dever tirar este país do redemoinho”,
disse Sharif numa coletiva de imprensa.
“Quem quer que tenha o mandato, sejam independentes ou
partidos, respeitamos o mandato que eles conseguiram. Nós os convidamos a
sentar-se conosco e ajudar esta nação ferida a se reerguer”, disse Sharif, que
ocupou por três períodos o cargo de primeiro-ministro do Paquistão nas décadas
de 1990 e 2010 (não consecutivamente).
Ele voltou recentemente ao Paquistão após um exílio
autoimposto de quatro anos em Londres e foi liberado pelos tribunais das
condenações que o impediam de participar da política.
A eleição no Paquistão ocorre em meio a uma grave crise
institucional, devido à destituição do então primeiro-ministro Imran Khan em
2022 e suas subsequentes prisão e condenações judiciais, além da perseguição a
integrantes do seu partido, o Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI).
Nos últimos dias, atentados foram registrados no país e a demora para contabilizar os votos após a votação, ocorrida na quinta-feira (8), aumentou as suspeitas de fraude eleitoral, denunciada pelos opositores a Sharif.
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