Contagem regressiva para o grande evento cinematográfico da América do Sul, o primeiro festival brasileiro que destaca exclusivamente o cinema sul americano, que se inicia no próximo dia 19 e vai até dia 27 de julho em Bonito.
Na mostra competitiva, que acontecerá no Centro de Convenções, o público terá oportunidade de assistir a Mostra competitiva com 30 produções, entre longas e curtas metragens realizados entre 2023 e 2024, filmes com temática ambiental além da mostra, também competitiva, do cinema sul-mato-grossense com filmes realizados entre os anos 2021 e 2024.
Dentro do novo espaço do Bonito Cinesur chamado de Cine Bonito, no CMU (Centro de Múltiplo Uso), serão exibidos filmes para toda família, além de pre estreias, homenagem ao cartunista Ziraldo com o filme “Menino Maluquinho” e o MEMÓRIA BONITO CINESUR que vai exibir o documentário “Entre rios e histórias”, sobre a memória oral do povo da Serra da Bodoquena. As sessões irão acontecer todos os dias as 19 horas.
O CMU vai receber uma cobertura de 800m, tela de 8X5 e sistema de som 5.1, a mesma estrutura do cinema instalado no Centro de Convenções. Segundo Gustavo Cegonha, responsável por toda estrutura do festival, o local deve receber uma estimativa de 400 pessoas por dia. “Será algo inédito na cidade”, diz Cegonha, acrescentando que até a pipoca será de graça para os primeiros 300 espectadores.
Sala no Centro de Convenções – (Foto: Reprodução)
Premiações, debates, rodadas de discussões visando acordos internacionais, intercâmbio com os mais importantes realizadores de festivais da América do Sul, oficinas de roteiro, produção executiva, assistência de direção e desenvolvimento de projeto cinematográfico, tudo incluída numa programação de altíssima qualidade.
O cineasta Jorge Bodansky é um dos destaques do festival
Com a experiência na realização de inúmeros festivais, incluindo o Festival de Cinema de Brasília, o produtor e diretor geral do Bonito Cinesur, Nilson Rodrigues, espera ampliar neste ano a participação dos turistas e da comunidade Bonitense no festival. Segundo ele, um projeto dessa natureza se consolida a cada ano. “Estamos chegando a todos os países da América do Sul, tivemos nessa edição que teve mais de setecentos inscritos”, aponta Rodrigues, ressaltando ainda a importância dos parceiros do festival.
“Este ano iremos contar com o apoio fundamental do Governo do Estado do MS e da Fundtur – Fundação de Turismo do MS, numa clara demonstração da credibilidade e da importância do Bonito Cinesur não só para a cultura, mas também para o turismo”, confirma. Para o diretor presidente da Fundtur, Bruno Wendling, o festival tem um grande potencial de motivar a vinda de turistas sul-americanos. “Precisamos atrair esse público que ainda é minoria nos nossos destinos”, revela.
Para Andreia Freire, coordenadora do evento, entre os destaques deste ano estão: a mostra competitiva ambiental e a presença do cineasta Jorge Bodansky, conhecido especialmente por seu primeiro documentário “Iracema – Uma Transa Amazônica” (1974), um marco no cinema documental brasileiro.
Segundo ela, neste momento em que o meio ambiente “grita para chamar nossa atenção”., a vinda de Bodansky, cineasta reconhecido no mundo inteiro, ganhador de vários prêmios também como fotógrafo, que dedicou a vida registrando o meio ambiente tem significado especial. “Nesta segunda edição quando estamos buscando e afirmando nossa identidade, a participação desta figura ímpar do cinema brasileiro, é um dos pontos altos do Bonito Cinesur”, afirma.
Tudo isto e mais a diversidade de temas, a acessibilidade explícita no filme “Invisível” que será exibido no CMU, mais o envolvimento dos moradores de Bonito e a oportunidade de participar de oficinas e debates essenciais para o cinema, fazem faz do Festival de Cinema sul-americano de Bonito um acontecimento que já desponta com muita força e credibilidade no Brasil e em toda América do Sul.
Editado por Roberta Cáceres.