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O ministro Renan Filho, dos Transportes, comparou a economia brasileira a uma “Kombi velha” por conta das sucessivas crises que vive, e que precisa “apertar parafusos” para poder crescer. A fala foi dada na manhã desta quarta (7) em um evento do mercado financeiro e ocorre no momento em que o governo trava uma batalha com o Congresso para aumentar a arrecadação e fechar as contas do ano dentro da meta de zerar o déficit fiscal.
“Esse país é a sexta economia do mundo. É que
ele vive balançando, feito uma Kombi velha, sabe? Quando o banco está solto por
dentro… Mas se apertar os parafusos, olhar o pneu, der um negocinho, ele vai
para sexta economia”, disse Renan Filho.
A fala ocorre, ainda, no meio de uma crise entre o governo e o Congresso sobre a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e dos duros discursos dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contra as propostas da equipe econômica de Lula para rediscutir propostas que já foram votadas e aprovadas.
Renan Filho destacou, ainda, a importância do
investimento privado na infraestrutura nacional e reconheceu que, embora o
Brasil invista 2% do PIB na área, ainda é necessário mais. Ele atribuiu parte
desse cenário à capacidade limitada do país para realizar investimentos
necessários apenas por parte do governo.
O ministro ainda ressaltou que o Brasil já
investiu mais proporcionalmente em infraestrutura no passado, mas enfrenta
desafios devido ao aumento do PIB. No entanto, expressou confiança de que o
país pode retomar sua posição entre as maiores economias do mundo, destacando
sua população e vastas oportunidades.
“Hoje a gente investe mais, talvez,
relativamente do que naquele tempo, só que enfrentando um PIB que pulou de
décimo segundo para nono no ano passado. E se soprar um pouquinho, pessoal, a
gente volta a ser sexto”, disse.
Em relação ao investimento estrangeiro, Renan
afirmou que o Brasil continua sendo um destino atrativo e convocou os gestores
e o mercado financeiro a facilitarem a entrada de recursos estrangeiros,
especialmente de fundos soberanos, apontando para a rentabilidade dos projetos
brasileiros em um mercado em crescimento.
Ele também destacou que esses projetos podem oferecer retornos significativos, possivelmente “os mais rentáveis do mundo”, devido às oportunidades no mercado brasileiro em expansão.
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