A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e a Energisa divulgaram, na tarde desta quinta-feira (8), dados sobre o combate ao furto de energia elétrica no Estado, conhecido popularmente como ‘gato’. Até o momento, 88 pessoas já foram presas este ano, autuados em flagrante pelo furto de energia elétrica ou estelionato.
À imprensa, foram apresentados detalhes das ações conjuntas realizadas em 2024, até o momento, bem como balanço de dados. As informações são de JD1
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De acordo com o Delegado-Geral Adjunto da DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil), Márcio Rogério Faria Custódio, já foram realizadas 16 operações em 14 municípios do Estado. Na Capital e em Corumbá, as operações foram realizadas mais uma vez este ano.
“Até agora, 321 pontos de investigação foram constatados, e 114 locais foram vistoriados pela PC, juntamente da Energisa. Nessa quarta-feira (7), foi realizada mais uma operação em Corumbá, onde 4 pessoas foram presas. Em Campo Grande aconteceu hoje, e resultou em 5 presos. No total, 88 pessoas foram presas somente este ano, autuados em flagrante pelo furto de energia elétrica ou estelionato”, detalhou o delegado.
Prejuízos
Conforme ainda o levantamento apresentado, R$ 28 milhões deixaram de ser arrecadados pela Energisa em 2024, devido os furtos de na energia elétrica.
Em um comparativo com o ano passado, de janeiro a junho o prejuízo foi estimado em R$ 22 milhões.
Impacto das ações
Além da questão financeira, há um risco a segurança – incêndio, choque e explosão – na tentativa do roubo da energia. Também é registra uma queda de arrecadação, a qual gera impacto nos serviços sociais do Estado. A queda de arrecadação da empresa e uma possível interrupção de serviço por conta de fraudes (tentativas de fazer gato) também são consideradas.
“O ano de 2024 nos mostra números alarmantes. Em 2023 foram 6.900 detectores de furto de energia. Este ano já tem mais de 4.200 detecções, apenas no primeiro semestre. Ou seja, um aumento de 60% quando comparado ao ano passado. Isso mostra que é necessário combatermos esse tipo de crime”, ressaltou o porta-voz da Energisa MS, Jonas Ortiz.
O colaborador ainda chama a atenção da população para que as pessoas ajudem no combate ao furto de energia no Estado.
“Não podemos mais aceitar esse tipo de conduta. No ano passado recebemos uma média de 6 mil denúncias por mês de casos de furtos. Já em 2024, estamos com mais de 8,2 mil denúncias por mês. Isso reflete que a população não está mais aceitando esse tipo de ação. E nós vamos continuar fiscalizando, cada vez mais rígidos, levando em consideração o riso de segurança mas também a necessidade e obrigatoriedade da empresa para com os consumidores de Mato Grosso do Sul”, pontou.
É importante destacar que a pessoa que for pega furtando energia elétrica, pode pegar de 1 a 5 anos de reclusão, conforme determinado por lei.
Editado por Roberta Cáceres