3 de janeiro de 2025
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Relatório do MP/MS confirma que incêndios no Pantanal não têm relação com a agropecuária

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O Informativo Técnico do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, publicado em 3 de julho, confirmou que a origem dos focos de incêndios no Pantanal não está relacionada à produção agropecuária. A análise corrobora com a posição defendida pelo Sistema Famasul e Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul).

De acordo com o documento, a maioria dos incêndios no Pantanal tem origem nas margens de rios e rodovias, sem conexão com as atividades agropecuárias. O relatório destaca que 97% do bioma pantaneiro está sob responsabilidade de iniciativas privadas, mas sem influenciar nos focos de queimadas.

O estudo também refutou a correlação entre desmatamento e incêndios, reforçando que os produtores rurais são os mais interessados em evitar queimadas. “Além dos impactos na biodiversidade, o fogo compromete a infraestrutura das propriedades e dos rebanhos”, destacou a nota oficial do Sistema Famasul.

O relatório ressaltou que a responsabilidade dos produtores rurais contribuiu para que o Pantanal seja o bioma mais preservado do Brasil, com 87% de seu território não antropizado e um histórico de mais de 300 anos de produção pecuária sustentável.

Como parte das ações de prevenção, o setor agropecuário tem participado ativamente de fóruns de discussão sobre o tema. Capacitações preventivas têm sido promovidas por meio de cursos do Senar/MS, em parceria com o poder público, visando aprimorar as ações e estruturas de combate aos incêndios.

A nota do Sistema Famasul e da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) reforçam o compromisso do setor com a preservação ambiental e a sustentabilidade da produção no Pantanal.

Confira a nota do Sistema Famasul na íntegra:

NOTA OFICIAL

O Informativo Técnico do Ministério Público de Mato Grosso do Sul sobre a origem dos focos de incêndios no Pantanal em Mato Grosso do Sul, publicado em 03 de julho, corrobora com o posicionamento do Sistema Famasul.

O documento evidenciou que os incêndios, em sua grande maioria, têm origem nas margens de rios e rodovias e não guardam nenhuma relação com a produção agropecuária no Pantanal, ainda que 97% do bioma esteja sob responsabilidade da iniciativa privada.

Também ficou demonstrado que não há correlação entre desmatamento e incêndios, ratificando nossa afirmação de que o produtor rural é o maior interessado em evitar incêndios, pois além dos impactos causados na biodiversidade, o fogo também afeta a atividade econômica e compromete a infraestrutura das propriedades e seus rebanhos. Essa responsabilidade do produtor rural é que garantiu que o Bioma Pantanal seja hoje o bioma mais preservado do Brasil com 87% de seu território não antropizado e com um histórico de mais de 300 anos de produção pecuária sustentável.

Como parte da solução e prevenção, o setor agropecuário no Pantanal tem atuado em todos os fóruns de discussão sobre o tema, promovendo capacitações preventivas por meio dos cursos do Senar/MS e, com o apoio do poder público, segue aprimorando as ações e estruturas de combate e prevenção.

SISTEMA FAMASUL

Confira a nota da Acrissul na na íntegra:

A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) vem a público, através da presente NOTA OFICIAL, informar que através de estudo técnico realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, constatou-se que a grande maioria dos pontos pontos iniciais de incêndio encontravam-se próximos a rios navegáveis, próximos a estradas vicinais e alguns deles estavam em áreas isoladas de qualquer outra possível causa externa.

A constatação vêm de encontro com posicionando adotado por esta entidade que, com base em estudos da ONG SOS Pantanal, já vinha afirmando que a origem dos incêndios no bioma tinha como origem atividade às margens dos rios Paraguai e Paraguai Mirim.

O trabalho de identificação dos locais iniciais de incêndios é feito pelo MP por meio de imagens de satélite e, desta forma restou demonstrado que não há nenhuma relação entre desmatamento e os incêndios, sem origem com a produção produção sustentável desenvolvida na região.

Mostra, também com isso, que o produtor rural pantaneiro é maior interessado em preservar o ecossistema, uma vez que a presença dos incêndios vem na contramão de seus interesses, já que tem impacto na biodiversidade, afetando a atividade econômica como um todo.

A responsabilidade do produtor rural, em desenvolver uma atividade completamente em harmonia com o Pantanal é que tem garantido que 87% desse bioma permaneça totalmente preservado, mesmo com a presença humana na região por mais de 300 anos.

A Acrissul vai continuar vigilante na defesa dos interesses dos produtores pantaneiros, auxiliando e orientando do que for necessário, juntamente com as autoridades e o Poder Público que vêm atuando de maneira exemplar no combate aos focos de incêndio.

Campo Grande (MS), 04 de Julho de 2024.

GUILHERME BUMLAI
Presidente da Acrissul

Editado por Roberta Cáceres.

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